Uma cena daqueles filmes em que o condenado consegue mais um tempo de vida porque a senhora das limpezas ligou o aspirador onde estava a ficha da cadeira.
Tempo é tempo, é verdade, mas o condenado está condenado. Porque o filme está feito para que o condenado seja condenado.
A polícia tinha que deter alguém, prendeu a vítima. O juiz? O juiz mandou a vítima queixar-se a alguém que não tivesse nada a ver com a Justiça… mas claro que cumpriu o seu papel institucional ao criticar a forma como os polícias usam os bonés.
Os autores da culpa do condenado andam à solta. Gente respeitável, aliás, autoridades máximas, vestem e falam como tal. Comido parte do bolo, sonham com o resto da padaria, mas desta feita sem entrarem pela janela. O condenado? O condenado condenar-se-á outra vez, tantas quantas as necessárias até que toda a farinha se esgote.
Dispenso-me de indicar o "casting" do filme. Mas, para ninguém ver o filme ao contrário, o FMI é a indemnização que o condenado terá de pagar pela sua inocência. É de um “film noire” que se trata: os maus da fita safam-se. E o clímax, é perfeito: o condenado morre convencido da sua culpabilidade.
Tirem-me deste filme. FMI? Precisamos é do CSI!
Sem comentários:
Enviar um comentário