28.6.12

Se toleras isto, os teus filhos serão os próximos






"If You Tolerate This Your Children Will Be Next", dos britânicos "Manic Street Preachers", já data de 1998. Na altura, esta homenagem musical aos combatentes das Brigadas Internacionais que combateram pela República Espanhola (sabiam?!) teve muito êxito...
É relembrada aqui, não para recordar uma qualquer data especial ligada aos Homens e Mulheres extraordinários cujo sangue se juntou à semente revolucionária espanhola, mas pelo título "If You Tolerate This Your Children Will Be Next", cuja tradução poderá ser:
Se toleras isto, os teus filhos serão os próximos.


Isto para lembrar que a manifestação dos "Sem Emprego" é já neste Sábado. (link para página FaceBook)

Entretanto, os "Precários Inflexíveis" vão-se constituir como Associação... (link para o  jornal "Público")

A malta levanta-se do chão.

Entretanto, sirvam-se da banda sonora.

Alguns já faliram, muitos mais falirão, mas ninguém "fale"...

A diferença entre os graçolas que pululam nas tevês e um humorista como o Ricardo Araújo Pereira é... a Cultura:
Os primeiros, compram as nossas gargalhadas escarafunchando no âmago mais profundo da nossa estupidez;
O "RAP", esse, é um "todavia"... pelo simples mas decisivo facto de que parte do princípio de que nos resta alguma inteligência.

Dúvidas? Usufrua-se do texto reproduzido no "Ciberdúvidas"

26.6.12

Eles andam aí

Sempre andaram, agora com mais força na Hungria (link para o jornal "Público).
Entretanto, em Israel...  (link para o jornal "Público)..

8.6.12

Não te fiques, protesta!

 


"O Sono do Monstro" associa-se à rede de blogues
que apoia a convocatória da manifestação do MSE.


Pelo direito ao trabalho e por políticas de pleno emprego!

Cavaco Silva disse, há pouco tempo, que 10.000 euros por mês não lhe chegavam para as despesas. Miguel Relvas e Passos Coelho já afirmaram em público que os jovens só terão melhoria na sua vida se emigrarem, e insultaram os que ainda não o fizeram dizendo que «não querem sair da sua zona de conforto». Agora, Passos Coelho diz que «o desemprego é uma oportunidade para mudar de vida» e que não se deve «estigmatizar» um despedimento.


É notório o desrespeito dos membros do Governo, dos deputados da maioria, e do Presidente da República, em relação aos trabalhadores desempregados. Desrespeito que já vem de longe entre os partidos que nos governam: não esquecemos que José Sócrates assinou um memorando com a troika onde está escrito, preto no branco, que é preciso reduzir de 24 para 18 meses o tempo do subsídio de desemprego porque «a actual duração do subsídio não estimula a procura de trabalho»!

Os desempregados não são calaceiros. São as vítimas da política de PS, PSD e CDS, de há muitos anos, de destruição da economia nacional, destruição da protecção laboral, venda ao desbarato de empresas públicas, permissividade total aos negócios mais mirabolantes no sector privado - com o seu cortejo de falências, deslocalizações, despedimentos colectivos, «lay-offs» -, ausência absoluta de um modelo económico que não assente em trabalho barato e sem qualificações. Se há desemprego não é por culpa da falta de empreendedorismo, de proactividade, de dinâmica e espírito de iniciativa dos desempregados: é porque há a decisão política de não investir na economia. A decisão política de não qualificar os trabalhadores. A decisão política de não negociar em favor de Portugal junto da UE. A decisão política de prejudicar os trabalhadores e beneficiar o capital.

Porque rejeitam todas estas decisões políticas, e sobretudo porque sentem vivo repúdio por quem lhes destruiu o emprego e ainda os culpa por isso, os desempregados vão sair à rua em todo o país, convidando a juntar-se-lhes todos os partidos políticos, todos os sindicatos, todas as associações, todos os movimentos sociais, todos os colectivos, e todos aqueles que rejeitem esta política de insulto a quem não trabalha por decisão política dos partidos ao serviço do capital.

O desemprego não é uma oportunidade: o desemprego é uma catástrofe nacional, cujos culpados não são os desempregados, nem os imigrantes, nem as conjunturas, nem as inevitabilidades: os culpados são os partidos cujas políticas criaram, maciçamente, o desemprego, e que têm ainda a suprema desfaçatez de atirarem a culpa para o agredido por eles!