18.12.15

Jornal "Público" prepara-se para reduzir jornalistas?


O "Público" começou com Vicente Jorge Silva, contava com gente como Fernando Dacosta, que o tornou o melhor jornal português, mas perdeu credibilidade quando puseram o propagandista do ultra-liberalismo (para ser piedoso) José Manuel Fernandes como director, uma opção mais ideológica do que jornalística. A tarefa de tentar recuperar a credibilidade mortalmente ferida do jornal, aquela que tem enfrentado a actual directora, Bárbara Reis, não tem sido fácil. Os danos foram demasiados.

Todavia, hoje, e apesar de tudo, ainda será o melhor jornal português, a começar pelo leque mais abrangente de comentadores, passando pela área científica, de crítica de cinema e acabando na abordagem dos assuntos de forma menos "televisiva". A forma de moderação das caixas de comentários pode ser discutível mas evita de alguma forma que se tornem num esgoto como as da maioria dos jornais, este inclusive [1].

Pertencendo a um grupo económico, o jornal está incluído na sua estratégia de "marketing", de prestígio junto de um público específico. Não sendo a "Dica da Semana", nem vivendo de escândalos e do voyerismo, ou de motivações políticas politicamente indisfarçáveis, o "Público" estará sempre dependente dos resultados económicos. Só que, pescada-de-rabo-na boca, estes resultados não se conseguem sem leitores, e para haver leitores tem de haver prestígio e jornalistas dignos desse nome.

Temo que o "Público" com menos jornalistas tenha ainda mais dificuldade de viver como projecto sério de jornalismo.

Chamo "projecto sério de jornalismo" um projecto que não se limite a reproduzir os produtos das centrais noticiosas internacionais - no limite, como nas redacções televisivas, a usar produtos fora de prazo do "youtube" como "fontes".

A cada jornal que morre a Democracia encolhe.

(Há uns que se desaparecessem aconteceria exactamente o contrário, mas eu não me quero alongar...)



[1] Este texto reproduz um comentário à notícia no "Expresso"]

10.10.15

Resposta a uma "Maria", comentadora fascista.

Não "Maria", as eleições foram para eleger deputados, repito: DEPUTADOS (desculpe as maiúsculas, é só porque acho que os seus ouvidos têm paredes). O que quer dizer que o presidente, aquele idiota em quem aposto que terá votado, mercê dos resultados que não deram maioria absoluta a nenhum partido, devia ter convocado todos os partidos. Não o fez por causa do seu cartão de partido (ou será pelo "cartão platina" do BPN?).
O PSD e o PP, lembro-lhe porque me parece "esquecida", têm grupos parlamentares AUTÓNOMOS (lá estou eu outra vez mas pelas mesmas razões), o que quer dizer que, olhando aos números, é legítimo qualquer governo que forme maioria, seja lá ele de que cor for, até um governo PS/CDS calcule...

[Corrijo: não pode, o CDS tem menos deputados que o Bloco de Esquerda ("E esta hein?!")].

Dispenso comentar essa do "cérebro e da carteira" quando fala do PS (com alguma razão, reconheço) mas se "esquece" tragicamente do PSD e do CDS. Queijinho a mais dona "Maria"?
Depois os "canalhas" dos comunistas... cuidado Maria, está-lhe a fugir a língua para o franco... para o "franquismo" diria eu. Tão democrata que ela é!
Sabe, eu até gosto de ouvir críticas certeiras à Esquerda, só assim ela se emenda, mas essa linguagem tem um cheiro a "bolor" da António Maria Cardoso...[a sede de uma instituição "benemérita" do tempo do "botas" (Salazar), a PIDE, que sossegava as "Marias" torturando e matando os seus ódios de estimação].

E no fim, a repugnância pelo "povão". Ui! Que altivez! A "Maria é uma "tia"? Se calhar está morta, que "é o contrário de estar estar viva" e ainda não deu por isso.
Mas falou do "povão"  e isso é comigo (sabe como são as manias dos "canalhas" de Esquerda) por isso vou-lhe responder (peço que tirem as crianças da sala):

Das duas uma: A "Maria" ou é uma jovenzinha imberbe, daquelas que trabalha numa IPSS, uma daquelas "instituições" que faz enriquecer uns à conta da pobreza dos outros, e está preocupada com a ameaça do Estado retomar a sua função social, ou então não passará de uma velha pútrida, uma daquelas que passou na Mocidade portuguesa Feminina ou nas Senhoras da Caridade e ainda não recuperou do trauma do 25 de Abril. Só isso explica o ser ar paternalista em relação ao "povão".
O "povão ", sua cretina, são aqueles que lhe pagam a reforma, que vêm as taxas e os escalões do IRS a roubar-lhes o salário para pagarem os desmandos daqueles a que vem aqui diariamente lamber os "apêndices".

O "povão" tem razão, não liga a "partidarismos", está farto de ser roubado. Quer alternativas e coragem para as impor.
E "pavloviana" é a "Maria", que a cada intervenção que faz aqui é para dar o triste espectáculo de defender os seus donos arreganhando o dente a quem tem o direito de ter opinião adversa.
- "Vá lá, Maria, abana o rabinho para o tio Portas e o tio Passos...Olha lá que bonita a abanar o rabinho!"
- "Ladra lá àqueles que andam a dizer que estão a ser roubados! Malandros dos comunas! Blocos de esterco"!

["Comunas", na linguagem da "Maria" são todos aqueles que não estão com o seu dono].

Outra coisa, esse ódio ao BE já passou a política, parece-me um problema patológico.
Se quer a minha opinião acho que a "Maria" tem "Esterco" aos "Blocos" na cabeça. Só há uma cura: saia, conviva, fale com pessoas, arrisque conhecer pessoas de outras cores e credos, saiba como vivem, o que pensam, o que são, o que fazem, deixe-se de estereótipos, beba um copo, se quiser fume um charro (não é a minha onda mas não a julgaria por isso, evite o "cavalo" mais ao gosto dos seus amigos endinheirados que isso vicia mesmo), faça sexo se lhe apetecer e com quem lhe apetecer (faça-o seguro e não se meta com menores), pinte, cante, leia, vá ao cinema....
Enfim, seja um Ser Humano e não uma múmia do passado fascista a descarregar sobre nós as suas frustrações e medos.