21.9.12

Transgénicos? Etiquetagem obrigatória

Até há pouco tempo, a Europa resistia à invasão dos "transgénicos" protagonizada pelas grandes empresas agro-industriais e defendia as espécies locais que tradicionalmente fazem parte da alimentação dos europeus.
Entretanto, o "lobi" da Monsanto e outras, que têm andado a patentear sementes pelo mundo fora, ganhou uma primeira batalha contra a moratória europeia que nos defendia desses produtos de origem laboratorial cujas consequências a prazo para os humanos são estudadas a uma velocidade bem menor do que aquela com que são introduzidas no mercado.

 Esta notícia (link para o "i") volta a colocar o assunto dos transgénicos sobre a mesa (salvo seja).
É uma consequência do outra aqui (link para o "Público)

Dúvidas? Pelo menos uma coisa já está provada: a "doença das vacas loucas" não é uma consequência da falta de acompanhamento psiquiátrico, nem a "febre dos frangos" ocorreu devido a um resfriado geral das aves.

Pelo caminho, não vá o diabo tecê-las, há uma coisa que devia ser norma europeia: todo e qualquer produto nas prateleiras dos supermercados (à base de soja, milho, etc) deve ser etiquetado de forma clara para permitir a escolha dos consumidores. Por exemplo, tal como o peixe produzido em aquacultura, a carne deve indicar se os animais foram alimentados a partir de rações com transgénicos.
Afinal, "O homem é aquilo que come"

16.9.12

15 de Setembro de 2012: Manifestação histórica em Setúbal


(Vídeo colocado no "YouTube" por José Banha)

Começou por ser uma convocatória de uma concentração para a Praça do Bocage.
Depois, por interferência da Câmara Municipal de Setúbal que argumentou com as realizações do Dia de Bocage, o local de encontro foi desviado para a Praça José Afonso.

Chegada a hora, havia pessoas desiludidas porque apenas a estátua solitária de Bocage as aguardava no local originalmente combinado. Lamentava-se não se ter ido para Lisboa, "aqui nunca há nada"... Decepção efémera, porque houve quem se predispusesse a "resgatar" esses cidadãos para o sítio onde o povo se vinha juntando. Assim, aquilo que alguém previra ser uma concentração de duas ou três centenas de pessoas, foi-se transformando numa multidão.

Ultrapassada a vontade de quem achava que o dia estava completo apenas com a concentração, os populares decidiram sair do aconchego da sombra de quem os menosprezara atirando-os para fora do centro histórico... e tomaram a Avenida Luísa Todi alterando o quotidiano.

Uma onda de entusiasmo percorreu a rua maior da cidade debaixo de um sol radiante... até reclamar a sua Praça, inundando-a de gente, sob os olhos orgulhosos de Bocage.

O nosso poeta jamais imaginaria que o seu dia acabasse assim, em grande, com uma das maiores manifestações que já se viu em Setúbal.