28.6.06

Estreia do espectáculo "Comedor de Pecados"




No dia 1 de Julho pelas 22h00 no Largo José Maria dos Santos em Pinhal Novo (junto à estação de comboios), realizar-se-á a estreia da nova produção teatral "Comedor de
Pecados
" (Teatro Físico em Andas), da PIA,CRL.

Eles estão tão ecológicos...



Deixo-vos aqui a publicidade da Sonae acerca do Tróia Ressort.

Eles com isto tudo, esqueceram-se de dizer que, os ferryboats vão passar no sitio de nidificação dos golfinhos, já agora, não vi nenhum no video... será que o seu desaparecimento é ponto assente?
E as ruinas romanas? Serão para caça ao tesouro dos clientes do luxuoso ressort? E o acesso da população setubalense às praias? E a criação dos famigerados 10.000 postos de trabalho que de acordo com as últimas informações já eram 2.000, será que agora serão agora menos??

23.6.06

"Liderando o Mundo"...

(Foto de Sean Smith no "The Guardian")
Dia-a-dia da ocupação do Iraque: prisioneiros iraquianos
manietados e vendados a serem conduzidos para interrogatório.


Esta e mais umas tantas Fotos do Ano podem ser vistas no
site da BBC/Brasil.


Não são algemas que manietam os prisioneiros iraquianos, mas sim "abraçadeiras de afilamento". A primeira vez que as vi serem utilizadas desta forma foi numa incursão do exército israelita na Palestina.
Maleáveis mas extremamente fortes, as "abraçadeiras de afilamento" foram supostamente inventadas para serem usadas nas montagens eléctricas. De aplicação rápida e fácil, pode-se transportar dezenas delas no bolso sem lhes sentir o peso - útil em caso de trabalho em série. Têm um alto poder de estrangulamento.
São fabricadas em plástico, um derivado do petróleo.

Prós e Contras


«A forma inteligente de manter as pessoas passivas e obedientes é limitar estritamente o espectro da opinião aceitável, mas estimular muito intensamente o debate dentro daquele espectro... Isto dá às pessoas a sensação de que o livre pensamento está pujante, e ao mesmo tempo os pressupostos do sistema são reforçados através desses limites impostos à amplitude do debate».

Noam Chomsky

Lady in the water


O realizador M. Night Shyamalan regressa este verão aos ecrans. O seu novo filme "Lady in the water" estreia 21 de julho, por agora deixo-vos com o trailer para aguçar o "apetite".

21.6.06

Mexicanos e muito bons!


Os "Cast" não são desconhecidos para quem conhece o que de melhor se faz de rock-progressivo por este mundo fora, eles andam por aí desde 1994.
Mexicanos, considerados por muitos uma das melhores bandas progressivas a nível internacional, adicionaram mais um album à sua já extensa discografia, Mosaïque.
Para os amantes deste género musical que teima em sobreviver às rádios dos "3 minutitos da ordem", para aqueles que procuram com os meios que dispõem saltar o cerco do lixo radiofónico está aqui uma amostra.

18.6.06

"Pra não dizer que não falei"... da selecção.


[...]

“E na escola existia
aula d’Educação Física;

Masmuitos mais desportos
que
nós vamos aprender;
Um dia fica p’rós outros,
o outro para o futebol!

Porque é sempre o futebol
O Desporto Nacional!!!

Para que os trabalhadores,
após semana de trabalho,
ao domingo dêem largas
aos seus braços suas vozes,
sempre sempre recalcadas
na semana de trabalho!”

Pereira, Júlio - Fernadinho Vai ao Vinho. [LP]
Lisboa: Diapasão, 1976.

15.6.06

Abriu hoje finalmente o acesso à Praia da Figueirinha.


Localizada numa das encostas da Serra da Arrábida, praia preferida de muitos setubalenses e de milhares de forasteiros que a buscam nos meses de calor, a Praia da Figueirinha tem tido desde há dois anos apenas as gaivotas a usufruírem do seu areal. A causa: mais um incêndio calcorreou impunemente as encostas da Serra da Arrábida.

“Impunemente” porque além da origem desconhecida dos autores do fogo os bombeiros tiveram de hierarquizar a sua intervenção de molde a proteger habitações que supostamente não deveriam estar naquele local ou daquela maneira.

De qualquer forma, o incêndio veio pôr a nu uma situação antiga, e que se manteve devido ao desleixo da miríade de instituições que "têm uma palavra a dizer" sobre a Serra a Arrábida e os seus acessos: o perigo de deslizamento de pedras.

É que o perigo de deslizamento de pedras, que a vegetação queimada veio agudizar, justificava há muito uma intervenção: Inverno após Inverno, bastava olhar com atenção para as valetas da estrada que vai de Setúbal até ao Portinho da Arrábida, via Figueirinha, para se ver a quantidade de pedras e terras que tinham deslizado encostas abaixo.

Mesmo tarde, o que interessa é que a intervenção está a ser feita, a encosta está a ser consolidada.

Quem quiser ir à Figueirinha terá de deixar o carro num parque junto ao cais da Secil e apanhar um autocarro, gratuito, até à praia. O usufruto da praia conviverá com as obras que ainda decorrem, há um horário para o funcionamento dos transportes e da praia: das 09h00 às 19h00.

Segundo o jornal digital “Setúbal na Rede”, Eusébio Candeias, assessor do presidente do município setubalense, afirmou que a situação do trânsito terá de ser reavaliada mercê da diminuição dos locais de estacionamento junto à berma da estrada.

Espero que a reavaliação seja feita com coragem. Ter coragem é proibir o trânsito automóvel privado naquela estrada durante o funcionamento das praias!

É que na época balnear, quando as estradas ficam engarrafadas por milhares de viaturas à procura de um intervalo nas dezenas de lugares disponíveis junto à praia, o perigo aumenta exponencialmente.

Se por um lado não se pode deixar de considerar o impacto negativo que a passagem de milhares de automóveis terá no equilíbrio da encosta da Serra, o que deve deixar petrificado qualquer responsável que seja responsável é a perspectiva de que um deslizamento, um acidente, um incêndio, qualquer ocorrência que necessitasse de socorro se poderia transforma numa tragédia, porque é literalmente impossível acudir o local devido ao congestionamento permanente do trânsito.

Há poucos anos, contra a opinião de muita gente que quer levar o popó até à água, obrigou-se o trânsito a passar num só sentido, das 07h00 às 20h00. Aproveitem a embalagem e proíbam o trânsito aos particulares durante o horário idêntico e dêem prioridade a transportes públicos - frequentes e com preços não especulativos.

Ao fim e ao cabo estamos num Parque Natural, né?

"Guerra de Civilizações"? Afinal a malta até se dá bem...

O "Portugal Diário" refere que o ministro da cultura do Egipto mandou retirar "O Código Da Vinci" das livrarias. Mais, o filme baseado no livro de Dan Brown - que tanta tecla fez martelar por - jamais iluminará as telas do país das pirâmides.

A decisão de Faruk Hosni terá sido tomada por pressão de um grupo de parlamentares egípcios, muçulmanos e cristãos.

13.6.06

Mesmo preso por arames, desde que funcione…


Quem frequentou os antigos cursos de montadores-electricistas lembrar-se-á das horas passadas em “laboratório” onde, dentre outras matérias ligadas ao manejo de ferramentas e equipamentos, se aprendia a “passar cabo”.

Uma coisa tão prosaica como fazer prender um cabo à fachada de uma casa para alimentar outra, levar a energia de uma caixa até fazer funcionar um equipamento eléctrico, um motor, o que fosse, tinha regras: era necessário saber escolher os diâmetros dos tubos de acordo com as secções dos condutores, as “abraçadeiras” de fixação eram colocadas milimetricamente, e as curvas dos tubos eram cuidadosamente moldadadas para que em caso de avaria retirar um cabo do seu interior fosse a coisa mais simples do mundo.

“Indiferenciado”, aprendi com alguns electricistas da velha-guarda que um cabo instalado num edifício passava a fazer parte dele, podia desfeá-lo. Exigir apenas que qualquer coisa funcionasse era um fraco objectivo profissional, era “falta de arte”, falta de profissionalismo. Deste modo, o melhor trabalho não era o que funcionava mas o que funcionava e não se dava por ele a não ser para admirar a forma como passava despercebido.

Uns anos e uns cursos mais tarde apercebi-me que aqueles meus camaradas que me surpreendiam com a mestria como manejavam o alicate-de-pontas e o canivete de electricista tinham algo mais que brio profissional: intuitivamente, sabiam que uma intervenção num local público afecta as pessoas, empiricamente, falavam comigo de “design” e ergonomia.

Tinham mais espírito para isso do que muitos licenciados em que tropecei. Obreirista, eu?

Há tempos pintei o exterior da minha casa, e aproveitei para melhorar ainda mais o seu aspecto: juntei numa “calha-técnica” os vários cabos telefónicos que pendiam na fachada do edifício, cortando-o ao meio e dando-lhe um ar de local de festejos populares depois dos santos se terem ido embora.

Para a Telecom a minha intervenção também foi positiva: em caso de avaria remove a tampa da calha, tira cabo, mete outro, põe a tampa. Simples, não é?

Não foi.

Hoje apareceu-me à porta um dos muitos subempreiteiros da Telecom. Pretendia passar um cabo telefónico novo na fachada da minha casa, para substituir um que estaria avariado. “Substituir”, não é bem assim: a “obra” só falava em colocar um cabo novo e não em retirar o velho.

A modos que ficaria assim: a calha que eu diligentemente instalei ficaria a servir de caixão ao cabo velho, enquanto o cabo novo passaria, reluzente, …por cima da calha.

A explicação: a Telecom só lhe “paga a obra de colocar o cabo novo, mas não lhe paga o trabalho de retirar o velho”…

“A cidade está cheia de cabos velhos nas paredes”, disse-me o homem olhando-me como seu eu fosse um extraterrestre por entretanto ter achado que deixar cabos desactivados nas paredes só desfeia os edifícios – além de não conduzir o material velho ao sítio certo, a reciclagem. E, já agora, que poluem visualmente o ambiente urbano – esta parte não lhe disse, porque senão o tipo pensaria que eu tinha fugido do Júlio de Matos.

É obra: a Telecom, para pagar o menos possível pela “satisfação dos seus clientes”, está-se nas tintas para o aspecto estético da sua instalação; o empreiteiro não está para perder cinco minutos num “corta, corta e tira fora” para não perder dinheiro nas negociações que faz com a Telecom. Mas os cidadãos podem ficar a perder com as fachadas dos edifícios desvalorizadas esteticamente por cabos avariados.

O homem do empreiteiro era de certeza um precário que não tem outro remédio que fazer o que lhe mandam. Ouvi dizer por aí que depois do “downsizing” as acções da Telecom estão em alta…


PS: a foto ilustra um "trabalho" feito na Rua Casal das Figueiras, em Setúbal. É a parte menos matafórica do título deste post.

12.6.06

Um inicio depois de um começo …

E assim o “sono do monstro” dá inicio à sua vida na blogosfera, com verdades e realidades muito suas, todas as intervenções e comentários postados são da responsabilidade dos seus monstros de serviço…