25.4.11

Hoje é Dia da Liberdade.


[...] Um bem tão suspirado, e tão subido,
Como se há de ganhar sem ousadia?
Ao vencedor afoute-se o vencido;
Longe o respeito, longe a cobardia;
Morres de fraco? Morre de atrevido.”
                                   Bocage

19.4.11

Aproximações... ou: só nos gozam!

Lido no "Público":
"O valor da gasolina nos postos da Galp aumentou hoje de madrugada 0,01 euros por litro, enquanto no diesel baixou 0,006 euros."

Resultado: vai haver uma nova corrida às bombas de combustível para usufruir da queda fantástica de milésimos de Euro... antes que venha aí mais um aumento em... décimas.

O FMI é o quê?

 Uma resposta à opinião do comentador Daniel Oliveira, no "Expresso", segundo a qual BE e PCP deviam ter ido ao beija-mão ("negocições"?!) do FMI:

Encontrarem-se com o FMI para se baterem pelas "suas soluções"...
O FMI é o quê, Daniel? Uma instituição norteada por pareceres técnicos independentes que vem aqui, tecnicamente, ajuizar das melhores soluções, ouvindo as "várias vertentes" do problema?
Isto é, depois dos "empresários do comércio” pedirem ao FMI que dê cabo do Salário Mínimo, entrariam o BE e o PCP para solicitar que fizessem o contrário...

O FMI é o quê, Daniel? Um Pai Natal onde cada um se senta no seu joelho e encomenda os seus desejos? A cavalaria que aparece no último momento para evitar que o que sobra dos recursos do Estado seja engolido por aqueles que se encheram com os Brasis, as colónias , a CEE, os mesmos de sempre, geração após geração de parasitas?

Nós? O FMI vem aqui por “nós”? Para “nos salvar de nós próprios”, como diz a vulgata dos que lêem todos do mesmo teleponto? lembro-lhe: A primeira pessoa do plural só se utiliza neste país quando aparece a factura para pagar!

O BE e o PCP nunca poderiam dar seriedade ao que não é sério, colaborando no enorme embuste onde nos enterraram… Deixe-se dessa, do responsavelzinho: irresponsáveis são os que chamaram o FMI.

O FMI é um bando de rapinantes e o mundo está empestado pelo pivete do seu guano: a miséria. Foram chamados aqui pelas raposas nacionais como subterfúgio para a assalto final ao Estado. Porque as nossas vidas valem menos que os lucros deles.

Se foi para a gente se rir, Daniel, o caso clínico da coluna ao lado hoje fá-lo muito melhor.

13.4.11

I want to be an icelander

Por que é que a comunicação social não fala da Islândia?
Uma boa pergunta, colocada hoje por Daniel Oliveira no "Expresso".

12.4.11

A Terra é azul! Estou a ver a Terra! É tão bonita!


 12 de abril de 1961. Foi apenas há 50 anos que um ser Humano conseguiu ver a Terra a partir do Espaço. Yuri Alekseievitch Gagarin  (9 de Março de 1934-27 de Março de 1968), cosmonauta soviético, foi o primeiro homem a viajar pelo espaço, a bordo da Vostok I, uma nave que pesava 4725 quilos.
 

Quando vislumbrou o azul do Planeta Terra vogando na imensidão do Espaço, as primeiras palavras do cosmonauta soviético Yuri Gagarin não foram de exaltação religiosa, tampouco o discurso formatado para a ser utilizado na Guerra Fria que então estava ao rubro. O que ficou para a História foi a expressão própria de uma Criança deslumbrada pela beleza da sua Casa:

"A Terra é azul!  Estou a ver a Terra!   É tão bonita!"

Mais tarde, haveria de desafiar:
"Povo do Mundo, protejamos e conservemos esta beleza,
não a destruamos!"





A missão de Yuri Gagarin (imagens soviéticas de 1961)




First Orbit, o belíssimo documentário de Christopher Riley, escritor, produtor e realizador britânico especializado na História da Ciência, com música de Philip Sheppard, foi estreado na Internet, no YouTube, no passado dia 12 de Abril. O filme faz uma feliz mistura de fotos e filmagens contemporâneas com as imagens e sons de 1961.

11.4.11

E logo agora, com o FMI, quando vai fazer mais falta a AMI...

Ouvi com interesse o Sr. Fernando Nobre a falar da actividade que o tornou conhecido porque acrescentava conteúdo humano àquilo que na cabeça dos outros eram números, percentagens e tabelas.
Cheguei a considerá-lo nas presidenciais, contra o "não-político" há mais anos na actividade política, mas não gostei da pose do médico no debate com Francisco Lopes. Nem o facto de não nutrir simpatia pelo candidato do PCP me diminuiu o asco: não gostei da pretensa superioridade moral arvorada por Fernando Nobre apenas porque o adversário é funcionário de um partido.
E depois, o debate com Cavaco onde vi a arrogância transformar-se numa quase subserviência perante um dos principais responsáveis pelo que estamos agora a a passar - e, sim, estou a descontar a orgia clientelista e sem princípios do PS.
Os partidos, goste-se deles ou não, são essenciais à Democracia, e só desvaloriza a sua existência quem tem má memória ou saudades da Ditadura. O discurso populista anti-partidos é-me suspeito porque normalmente vem da boca de quem conviveu bem com a falta de Democracia Política.
Quanto aos outros, há os desesperados consecutivamente traídos pelos dois únicos partidos que pensam que existem, os idiotas úteis que transformam a política num folclore maior do que já é, os comentadores da comunicação social por exemplo... e, está visto, os que ostentam a sua independência não para denunciar a dependência dos outros que nos trouxeram até aqui, mas como estratégia para aumentar o valor da OPA

10.4.11

Afinal havia um.

O Congresso do Partido Socialista tem o desfecho esperado após a recondução da liderança de Sócrates com mais de 90 por cento do plebiscito partididário. As vozes que aparecem nas tevês fazem lembrar as de uma assembleia da oposição, não as próprias do congresso do partido responsável pela governação incapaz de Portugal nos últimos e decisivos anos. Debate, qual debate?
Por isso, isto é uma notícia: Afinal havia um Socialista no congresso do PS.
Não estou a ironizar, estou surpreendido.
O anónimo militante de base teve coragem e desafiou, e aconteceu-lhe o que era suposto acontecer a um Socialista num Congresso do PS: foi assobiado. Um resistente é pouco para o que o país precisa.

Congresso? Uma metáfora do cerimonial característico das reuniões de outra espécie que só a espaços tira a coluna da horizontal. Mas sem direito a rosnadelas, o "chefe de fila" há muito que pôs tudo na ordem.


4.4.11

E assim se faz Portugal...

... uns vão bem outros mal.
Esperemos pela opinião da sempre atenta Ordem dos Médicos - a tal que acha que mais cursos de medicina farão mal à nossa saúde.

Actualização: o Sindicato dos Médicos já tomou posição .