Os papás, os rebentos e os caixões desfilam em prol da "liberdade de escolha", mas quase todos os que arrastam o cortejo andam enfeudados politicamente em territórios onde a tal liberdade de escolha é coisa que só funciona no sentido que lhes convém, o seu. Depois, mistura-se tudo, ensino cooperativo com particular, escolas com objectivos pedagógicos diferentes, alguns que o Público não garante, e colégios de batinha com brasão...
Quando fizerem uma manifestação a exigir igualdade para os seus filhos, isto é, o direito a terem Ensino Público, e de Qualidade, na sua área de residência, eu adiro.
Gostava de saber por que razão há escolas privadas de ensino genérico a receberem dinheiro quando há escolas públicas nas respectivas zonas, e, já agora, por que há zonas que só são servidas por escolas privadas... mas isso é querer saber muito, neste país de compadrios onde, após a privatização de tudo, os Direitos que a República consagra são o que sobra ao apetite dos negócios.
Se a escolaridade da República ainda não chegou a uma terra, sim, pode-se fazer acordos que garantam a escolaridade às nossas crianças. De contrário, "escolham", mas com outro dinheiro que não o meu. Eu pago e exijo um serviço de qualidade no ensino que dê a todos os cidadãos oportunidades iguais pelo menos nas salas de aula.
O resto cheira-me àquela estória dos salva-vidas exclusivos do Titanic.
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