26.6.15

E agora, "não há nada mais importante"?

Reproduz-se abaixo um comentário a esta notícia do "i":
http://www.ionline.pt/artigo/399184/uma-mulher-deve-pagar-para-fazer-um-aborto-maioria-vai-mudar-a-lei?seccao=Portugal_i


Ainda hoje veio a lume que o número de abortos desceu em Portugal, o que contraria a ideia de que, aprovada a lei, seria "um fartar vilanagem" porque as malandras das mulheres (já agora os homens, não?) nem se preocupariam com a contracepção. Está demonstrado: a Lei da IVG reduziu o número de mulheres mortas por aborto, reduziu o aborto clandestino e reduziu o aborto em Portugal. Se não há mais crianças, seus cretinos do governo e respectivos tapetes, é porque ganhar 400 euros por mês não dá para dar de comer a ninguém, entendido? Com isto não se preocupa essa gente tão "piedosa"! Mas esta iniciativa dos partidos da Direita procura algo mais e não tem nada a ver com a "justiça" de pagar taxa moderadora (lê-se logo os idiotas úteis, "Ámen!", que não se lembram que foi em nome de algo deste género que introduziram e aumentaram as taxas até haver muita gente que não vai ao médico porque não tem com que as pagar), justiça é coisa que não assiste a este governo que corta o RSI a mães solteiras desempregadas aconselhando-as a irem ter com a senhoras da caridade. Com tanto problema no país, por quê lembrarem-se do valor ridículo das taxas moderadoras? Junte-se-lhe a ideia das assinaturas nas ecografias, e a perseguição moralista de quem toma uma decisão dolorosa, e temos o quadro: pretender reverter na secretaria o que foi decidido pelo voto popular.
Esta canalha que só ainda governa porque aquela coisa inqualificável que ocupa Belém a tem (as)segurado, não está apenas interessada em vender tudo o que é nosso aos amigos e aos que lhe financiam os partidos ou lhes garantirão emprego se o "pote" se for, quer deixar ferido de morte tudo o que lhes lembra que este povo teve um momento na História em que não foi a mole narcotizada pelo consumismo e pela televisões reles que é hoje. Serviço Nacional de Saúde, a Escola Pública, a assistência pelo Estado aos mais pobres... não há muitos países que se possam gabar de ter diminuído a mortalidade infantil e o analfabetismo no tempo que nós fizemos. Não é o valor desprezável da taxa que lhes importa. Como fundamentalistas de Direita que são não podem admitir que uma mulher possa escolher, esse é o seu problema. Essa estória da "vida" é para acalmar os ratos de sacristia que não sabem ou já não podem ter filhos e querem mandar no útero das outras!