19.11.12

Palestina: "Nós sabemos!"

 

 Via ESQUERDA.NET

Chomsky e colegas denunciam cobertura mediática sobre Gaza

Num artigo com o título “A cobertura dos média sobre Gaza: nós sabemos!”, Noam Chomsky e outros linguistas denunciam a manipulação do noticiário pela grande imprensa para camuflar o massacre do povo palestiniano, apelam aos jornalistas para que não sirvam de joguetes e para que as pessoas se informem pelos média independente.
"Ninguém pode negar a Israel o direito à defesa ante esta agressão"

 
A cobertura dos média sobre Gaza:
nós sabemos!



Enquanto países na Europa e América do Norte relembravam as baixas militares das guerras presentes e passadas, em 11 de Novembro, Israel estava a alvejar civis. Em 12 de novembro, leitores que acordavam para uma nova semana tiveram já ao pequeno almoço o coração dilacerado pelos incontáveis relatos das baixas militares passadas e presentes. Não havia, porém, nenhuma ou quase nenhuma menção ao facto de que a maioria das baixas das guerras modernas de hoje são civis. Era também difícil alguma menção, nessa manhã de 12 de novembro, aos ataques militares à Gaza, que continuaram pelo final de semana. Um exame superficial comprova isso na CBC do Canada, Globe and mail, na Gazette de Montreal e na Toronto Star. A mesma coisa em New York Times e na BBC
De acordo com o relato do Centro Palestiniano para os Direitos Humanos (PCHR, pela sigla em inglês) de domingo, 11 de Novembro, cinco palestinianos, entre eles três crianças, foram assassinados na Faixa de Gaza, nas 72 horas anteriores, além de dois seguranças. Quatro das mortes resultaram das granadas de artilharia disparadas pelos militares israelitas contra jovens que jogavam futebol. Além disso, 52 civis foram feridos, seis dos quais eram mulheres e 12 crianças. (Desde que este texto começou a ser escrito, o número de mortos palestinianos subiu, e continua a aumentar.)
Artigos que relatam os assassinatos concentram-se esmagadoramente na morte de seguranças palestinianos. Por exemplo, um artigo da Associated Press publicado no CBC em 13 de novembro, intitulado Israel estuda retoma dos assassinatos de militantes de Gaza, não menciona absolutamente nada de civis mortos e feridos. Ele retrata as mortes como alvos "assassinados". O facto de que as mortes tenham sido, na imensa maioria, de civis, mostra que Israel não está tão empenhado em "alvos" quanto em assassinatos "coletivos". Assim, mais uma vez, comete o crime de punição coletiva. Outra notícia de AP na CBC de 12 de novembro diz que os rockets de Gaza aumentam a pressão sobre o governo de Israel. Traz a foto de uma mulher israelita a olhar para um buraco no teto da sua sala. Novamente, não há imagens, nem menção às numerosas vítimas sangrando ou cadáveres em Gaza. Na mesma linha, a manchete da BBC diz que Israel é atingido por rajadas de rockets vindos de Gaza. A mesma tendência pode ser vista nos grandes jornais da Europa.
A maioria esmagadora das notícias enfatiza que os rockets foram lançados de Gaza, nenhum dos quais causaram vítimas humanas. O que não está em foco são os bombardeamentos sobre Gaza, que resultaram em numerosas vítimas graves e fatais. Não é preciso ser um especialista em ciências da comunicação para entender que estamos, na melhor das hipóteses, diante de relatos distorcidos e de má qualidade e, na pior, de manipulação propositadamente desonesta.
Além disso, os artigos que se referem às vítimas palestinianas em Gaza relatam consistentemente que as operações israelitas se dão em resposta ao lançamento de rockets a partir de Gaza e à lesão de soldados israelitas. No entanto, a cronologia dos eventos do recente surto começou em 5 de novembro, quando um inocente, aparentemente mentalmente incapaz, homem de 20 anos, Ahmad al-Nabaheen, foi baleado quando passeava perto da fronteira. Os médicos tiveram que esperar seis horas até serem autorizados a ir buscá-lo. Eles suspeitam que o homem pode ter morrido por causa desse atraso. Depois, em 8 de novembro, um menino de 13 anos que jogava futebol em frente de sua casa foi morto por fogo do IOF (força de ocupação israelita), que chegou ao território de Gaza com tanques e helicópteros. O ferimento de quatro soldados israelitas na fronteira em 10 de novembro, portanto, já era parte de uma cadeia de eventos que começou quando os civis de Gaza foram mortos.
Nós, os signatários, voltámos recentemente de uma visita à Faixa de Gaza. Alguns de nós estamos agora ligados aos palestinianos que vivem em Gaza através dos média sociais. Por duas noites seguidas, palestinianos em Gaza foram impedidos de dormir pela movimentação contínua de drones, F16, e bombardeamentos indiscriminados sobre vários alvos na densamente povoada Faixa de Gaza . A intenção clara é de aterrorizar a população, e com sucesso, como podemos verificar a partir de relatos dos nossos amigos. Se não fosse através dos posts no Facebook, não estaríamos conscientes do grau de terror sentido pelos simples civis palestinianos em Gaza. Isto contrasta totalmente com a consciência mundial sobre cidadãos israelitas chocados e aterrorizados
O trecho de um relato enviado por um médico canadiano que esteva em Gaza, servindo no hospital Shifa ER no final de semana, diz: " os feridos eram todos civis, com várias perfurações por estilhaços: lesões cerebrais, lesões no pescoço, hemo-pneumotórax, tamponamento cardíaco, rutura do baço, perfurações intestinais, membros estraçalhados, amputações traumáticas. Tudo isso sem monitores, poucos estetoscópios, uma máquina de ultra-som. Muitas pessoas com ferimentos graves, mas sem a vida ameaçada foram mandadas para casa para ser reavaliadas na parte da manhã, devido ao grande volume de baixas. Os ferimentos por estilhaços penetrantes eram assustadores. Pequenas feridas com grandes ferimentos internos. Havia muito pouca Morfina para analgesia."
Aparentemente, tais cenas não são interessantes para o New York Times, a CBC, ou a BBC.
Preconceito e desonestidade com relação à opressão dos palestinianos não é nada de novo nos média ocidentais e tem sido amplamente documentado. No entanto, Israel continua os seus crimes contra a humanidade com a aquiescência plena e apoio financeiro, militar e moral dos nossos governos, os EUA, o Canadá e a União Europeia. Netanyahu está a ganhar apoio diplomático ocidental para operações adicionais em Gaza, que nos fazem temer que outro Cast Lead esteja no horizonte. Na verdade, os mais acontecimentos são a confirmação de que tal escalada já começou, como a contabilização das mortes de hoje que aumenta.
A falta generalizada de indignação pública a estes crimes é uma consequência direta do modo sistemático em que os fatos são retidos e/ou da maneira distorcida com que esses crimes são retratados.
Queremos expressar a nossa indignação com a cobertura repreensível desses atos pelos média mainstream. Apelamos aos jornalistas de todo o mundo que trabalham nesses média que se recusem a servir de instrumentos dessa política sistemática de camuflagem. Apelamos aos cidadãos para que se informem através de meios de comunicação independentes, e exprimam a sua consciência por qualquer meio que lhes seja acessível.

Hagit Borer, linguist, Queen Mary University of London (UK)
Antoine Bustros, composer and writer, Montreal (Canada)
Noam Chomsky, linguist, Massachussetts Institute of Technology, US
David Heap, linguist, University of Western Ontario (Canada)
Stephanie Kelly, linguist, University of Western Ontario (Canada)
Máire Noonan, linguist, McGill University (Canada)
Philippe Prévost, linguist, University of Tours (France)
Verena Stresing, biochemist, University of Nantes (France)
Laurie Tuller, linguist, University of Tours (France)
Texto divulgado a 15 de novembro de 2012 por ciranda.net

15.11.12

O BCE e a Dívida explicada a burro(a)s

Por estes tempos de cólera, as caixas de e-mails ainda se enchem mais que o normal. Dos convites para assinar petições inconsequentes, ao descarregar de raiva sobre "toda a classe política", passando por acusações baseadas no diz-que-diz, até à propagação de boatos, tudo aparece... muitas vezes arremessados por quem votou nos que lá estão, e agora diz que "são todos iguais", ou se vangloria de nem se ter dado "ao trabalho de ir votar"... Spam. Ainda bem que inventaram os filtro de lixo electrónico.

Na sua maioria, os e-mails da crise têm origem anónima, são replicados sem critério, alimentados pela revolta que muitas vezes se esgota na fúria com que os dedos martelam o teclado... mas a uma velocidade todavia inferior àquela com que o governo desmente anteriores previsões.
Na melhor das hipóteses, os textos, apresentações, o que quer que se receba, já perdeu o nome do autor original nos sucessivos "forwards". Afinal, não é só na Comunicação Social que o trabalho de indicar a fonte não merece a chatice... No pior, já vimos a mensagem anteriormente, mas de outra forma, porque alguém acrescentou um ponto ao conto.

Não sei se será o caso do texto aqui em baixo porque, mais uma vez, não indica a origem. Assumindo a contradição, exibo-o, porque merece ser lido. Ao fim e ao cabo, até Deus escreve direito por linhas tortas. Não é necessário ser um crânio em economia para se saber que é verdade, uma verdade bem explicada.
O título do post reproduz o "assunto" do e-mail que mo fez chegar.

Abro aspas:


QUE É O BCE?
- O BCE é o banco central dos Estados da UE que pertencem à zona euro, como é o caso de Portugal.

E DONDE VEIO O DINHEIRO DO BCE?
- O dinheiro do BCE, ou seja o capital social, é dinheiro de nós todos, cidadãos da UE, na proporção da riqueza de cada país. Assim, à Alemanha correspondeu 20% do total. Os 17 países da UE que aderiram ao euro entraram no conjunto com 70% do capital social e os restantes 10 dos 27 Estados da UE contribuíram com 30%.

E É MUITO, ESSE DINHEIRO?
- O capital social era 5,8 mil milhões de euros, mas no fim do ano passado foi decidido fazer o 1º aumento de capital desde que há cerca de 12 anos o BCE foi criado, em três fases. No fim de 2010, no fim de 2011 e no fim de 2012 até elevar a 10,6 mil milhões o capital do banco.

ENTÃO, SE O BCE É O BANCO DESTES ESTADOS PODE EMPRESTAR DINHEIRO A PORTUGAL, OU NÃO? COMO QUALQUER BANCO PODE EMPRESTAR DINHEIRO A UM OU OUTRO DOS SEUS ACCIONISTAS ?
- Não, não pode.

PORQUÊ?!
- Porquê? Porque... porque, bem... são as regras.

ENTÃO, A QUEM PODE O BCE EMPRESTAR DINHEIRO?
- A outros bancos, a bancos alemães, bancos franceses ou portugueses.

AH, PERCEBO, ENTÃO PORTUGAL, OU A ALEMANHA, QUANDO PRECISA DE DINHEIRO EMPRESTADO NÃO VAI AO BCE, VAI AOS OUTROS BANCOS QUE POR SUA VEZ VÃO AO BCE.
- Pois.

MAS PARA QUÊ COMPLICAR? NÃO ERA MELHOR PORTUGAL OU A GRÉCIA OU A ALEMANHA IREM DIRECTAMENTE AO BCE?
- Bom... sim... quer dizer... em certo sentido... mas assim os banqueiros não ganhavam nada nesse negócio!

AGORA NÃO PERCEBI!!..
- Sim, os bancos precisam de ganhar alguma coisinha. O BCE de Maio a Dezembro de 2010 emprestou cerca de 72 mil milhões de euros a países do euro, a chamada dívida soberana, através de um conjunto de bancos, a 1%, e esse conjunto de bancos emprestaram ao Estado português e a outros Estados a 6 ou 7%.

MAS ISSO ASSIM É UM "NEGÓCIO DA CHINA"! SÓ PARA IREM A BRUXELAS BUSCAR O DINHEIRO!
- Não têm sequer de se deslocar a Bruxelas. A sede do BCE é na Alemanha, em Frankfurt. Neste exemplo, ganharam com o empréstimo a Portugal uns 3 ou 4 mil milhões de euros.

ISSO É UM VERDADEIRO ROUBO... COM ESSE DINHEIRO ESCUSAVA-SE ATÉ DE CORTAR NAS PENSÕES, NO SUBSÍDIO DE DESEMPREGO OU DE NOS TIRAREM PARTE DO 13º MÊS.
As pessoas têm de perceber que os bancos têm de ganhar bem, senão como é que podiam pagar os dividendos aos accionistas e aqueles ordenados aos administradores que são gente muito especializada.

MAS QUEM É QUE MANDA NO BCE E PERMITE UM ESCÂNDALO DESTES?
- Mandam os governos dos países da zona euro. A Alemanha em primeiro lugar que é o país mais rico, a França, Portugal e os outros países.

ENTÃO, OS GOVERNOS DÃO O NOSSO DINHEIRO AO BCE PARA ELES EMPRESTAREM AOS BANCOS A 1%, PARA DEPOIS ESTES EMPRESTAREM A 5 E A 7% AOS GOVERNOS QUE SÃO DONOS DO BCE?
- Bom, não é bem assim. Como a Alemanha é rica e pode pagar bem as dívidas, os bancos levam só uns 3%. A nós ou à Grécia ou à Irlanda que estamos de corda na garganta e a quem é mais arriscado emprestar, é que levam juros a 6, a 7% ou mais.

ENTÃO NÓS SOMOS OS DONOS DO DINHEIRO E NÃO PODEMOS PEDIR AO NOSSO PRÓPRIO BANCO!...
- Nós, qual nós?! O país, Portugal ou a Alemanha, não é só composto por gente vulgar como nós. Não se queira comparar um borra-botas qualquer que ganha 400 ou 600 euros por mês ou um calaceiro que anda para aí desempregado, com um grande accionista que recebe 5 ou 10 milhões de dividendos por ano, ou com um administrador duma grande empresa ou de um banco que ganha, com os prémios a que tem direito, uns 50, 100, ou 200 mil euros por mês. Não se pode comparar.

MAS, E OS NOSSOS GOVERNOS ACEITAM UMA COISA DESSAS?
- Os nossos Governos... Por um lado, são, na maior parte, amigos dos banqueiros ou estão à espera dos seus favores, de um empregozito razoável quando lhes faltarem os votos.

MAS ENTÃO ELES NÃO ESTÃO LÁ ELEITOS POR NÓS?
- Em certo sentido, sim, é claro, mas depois... quem tem a massa é quem manda. É o que se vê nesta actual crise mundial, a maior de há um século, para cá. Essa coisa a que chamam sistema financeiro transformou o mundo da finança num casino mundial, como os casinos nunca tinham visto nem suspeitavam, e levou os EUA e a Europa à beira da ruína. É claro, essas pessoas importantes levaram o dinheiro para casa e deixaram a gente como nós, que tinha metido o dinheiro nos bancos e nos fundos, a ver navios. Os governos, então, nos EUA e na Europa, para evitar a ruína dos bancos tiveram de repor o dinheiro.

E ONDE O FORAM BUSCAR?
- Onde havia de ser!? Aos impostos, aos ordenados, às pensões. De onde havia de vir o dinheiro do Estado?...

MAS METERAM OS RESPONSÁVEIS NA CADEIA?
- Na cadeia? Que disparate! Então, se eles é que fizeram a coisa, engenharias financeiras sofisticadíssimas, só eles é que sabem aplicar o remédio, só eles é que podem arrumar a casa. É claro que alguns mais comprometidos, como Raymond McDaniel, que era o presidente da Moody's, uma dessas agências de rating que classificaram a credibilidade de Portugal para pagar a dívida como lixo e atiraram com o país ao tapete, foram... passados à reforma. Como McDaniel é uma pessoa importante, levou uma indemnização de 10 milhões de dólares a que tinha direito.

E ENTÃO COMO É? COMEMOS E CALAMOS?
Isso já não é comigo, eu só estou a explicar...

14.11.12

Censura no Facebook!

Andam a apagar à malta nos murais do facebook este texto!
Sinceramente já vi, e, escrevi coisas mais flagrantes no FB, mas visto terem-mo censurado, tal qual a outros amigos e amigas, aqui vos deixo para que não desapareça da net:

AQUILO QUE HOJE SE PASSOU, DO PONTO DE VISTA DE UM MANIFESTANTE PACÍFICO:
Para que não vinguem as mentiras da Administração Internas aqui têm o meu relato do que realmente se passou em frente à assembleia.
Sim, é verdade que cerca de 20 a 30 pessoas passaram mais de uma hora a atirar petardos, pedras e garrafas à polícia. Por essa razão, os outros 99% de CIDADÃOS PACÍFICOS mantiveram a devida dis
tância, para nem serem confundidos nem fazerem parte da acção de alguns animais. A certa altura, as pessoas perceberam que algo se estava a passar. Demasiadas movimentações de polícia na Assembleia demasiado organizadas.
Cá em baixo, numa das laterais um grupo de polícia à paisana abandona rapidamente a manifestação. Mais tarde, as televisões diriam que as pessoas foram avisadas para dispersar. Cá de baixo, posso-vos dar uma certeza, nenhuma pessoa com uma audição normal ouviu um único aviso.
A polícia disparou cerca de 4 a 6 petardos pela manifestação e carregou. Como estávamos todos bem afastados, os CIDADÃOS PACÍFICOS não fugiram. Mas quando vi um pai a fugir com o filho no colo e a levar bastonadas percebi que quem estava atrás das viseiras já não eram pessoas.
Fugimos, mas por mais rápidos que tentássemos ser, eram pessoas a mais para conseguirem ser mais rápidas que a polícia. Felizmente não recebi carga, infelizmente porque atrás de mim tinha um escudo humano a tentar fugir. Ao meu lado, um senhor tentava fugir com a mulher de cerca de 50 anos, que chorava com a cara cheia de sangue. Não, esta senhora não levou com pedras dos manifestantes. Esta senhora estava cá atrás. Esta senhora levou com um cassetete.
Fugimos para uma rua afastada, onde pensávamos estar todos seguros e mostrar à polícia que não queríamos estar na confusão, nós os CIDADÃOS PACÍFICOS. Nada nos valeu, pois a polícia perseguiu as pessoas pelas várias ruas em redor da Assembleia, carregando em todos. O que me safou foi uma porta aberta de um prédio, onde me refugiei com mais 8 CIDADÃOS, incluindo jornalistas da Lusa. O que lá fora se passava era incrível. Uma senhora de idade que chegava a casa tentava entrar no seu prédio mas a polícia gritava-lhe para que descesse a rua.
Só mais de 30 minutos depois conseguimos sair e o que mais me impressionou foi a quantidade de sangue que havia pelos passeios, bem longe da Assembleia.
NÃO ACREDITEM EM MENTIRAS. ERA POSSÍVEL NÃO TER PERSEGUIDOS CIDADÃOS PACÍFICOS QUE FUGIAM POR RUAS AFASTADAS MAIS DE 200 METROS DA ASSEMBLEIA.
Mesmo quando estava “barricado” no prédio, mesmo com a porta fechada tive, pela primeira vez, muito medo da polícia.
O que sinto agora não é nem raiva, nem revolta. É um vergonha enorme e uma imensa e profunda TRISTEZA.
É assim que se tira a vontade ao povo civilizado de se manifestar. Tira-se-lhe a esperança.
 Não meto nome do autor porque não consegui recuperar o nome após a primeira partilha no facebook só o texto, assim que achar o nome meto.

Manifestação Greve Geral em Setúbal