15.4.09

Sem Eira Nem Beira

Depois do "Talvez" de Pedro Abrunhosa se ter tornado uma espécie de toque de finados do cavaquismo, a música "Sem Eira Nem Beira" do último álbum dos "Xutos & Pontapés corre o risco de se tornar um hino contra o governo de Sócrates.
Os músicos já referiram que não foi essa a sua intenção, mas a julgar pelo que se pode ver no "You Tube", o tema já foi apropriado. Entretanto, no passado fim-de-semana, a TVI fez um "clip" bem à sua maneira populista e o jornal de Belmiro de Azevedo refere que ela se está a "transformar num manifesto contra José Sócrates".
Aproveitamentos à parte, com uma letra como a que se pode ler abaixo, vai ser muito cantada por estes dias de Abril e Maio, e o refrão será tão ou mais conhecido que o da célebre "casinha".

Podes ouvi a música clicando aqui (link para o "Público") .
É necessário ter instalado um programa que leia mp3, como Winamp ou Aimp2 (gratuito).

Enquanto ouves, segue a letra (retirada do site Vagalume):

Sem Eira Nem Beira

Anda tudo do avesso
Nesta rua que atravesso
Dão milhões a quem os tem
Aos outros um passou - bem

Não consigo perceber
Quem é que nos quer tramar
Enganar
Despedir
E ainda se ficam a rir

Eu quero acreditar
Que esta merda vai mudar
E espero vir a ter
Uma vida bem melhor

Mas se eu nada fizer
Isto nunca vai mudar
Conseguir
Encontrar
Mais força para lutar...

(Refrão)
Senhor engenheiro
Dê-me um pouco de atenção
Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Não tenho eira nem beira
Mas ainda consigo ver
Quem anda na roubalheira
E quem me anda a comer

É difícil ser honesto
É difícil de engolir
Quem não tem nada vai preso
Quem tem muito fica a rir

Ainda espero ver alguém
Assumir que já andou
A roubar
A enganar
o povo que acreditou

Conseguir encontrar mais força para lutar
Mais força para lutar
Conseguir encontrar mais força para lutar
Mais força para lutar...

(Refrão)
Senhor engenheiro
Dê-me um pouco de atenção
Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Não tenho eira nem beira
Mas ainda consigo ver
Quem anda na roubalheira
E quem me anda a foder

Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Mas eu sou um homem honesto
Só errei na profissão

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