15.4.09

A propósito da morte de um manifestante em Londres e do regozijo dos grunhos nacionais

Tanto pontapé no "cão". Os grunhos não dão valor a quem luta pelo que quer que seja, quando há porrada estão do lado do mais forte. É genético. Mesmo de cuecas rotas, os grunhos não gostam de gente mal vestida e aos gritos contra a "gente de bem". Quando se sentem injustiçados, culpam as vítimas como eles ou os que estão pior que eles. Vingam-se no "cão".
É pelos grunhos serem tão respeitadores da autoridade que este país teve 48 anos de ditadura. Depois, quando a liberdade lhes foi esfregada na cara, qual luz do sol que não custa nada, os grunhos vieram para a rua de cravo na mão, lá-lá-lá... "uma gaivota voava, voava"... e cansaram-se: "filha da puta nunca mais parava".
Os grunhos votam e deixam de votar como quem faz "zapping". Só têm três canais: o do governo, o do que foi do governo e quer ser do governo outra vez, e o da abstenção - porque depois de sujeitarem o país aos resultados da merda do seu voto afirmam candidamente que "eles são todos iguais". Os grunhos não conseguem apontar uma única diferença ideológica entre os partidos, mas são especialistas por hosmose com a sapiência dos comentadores encartados pela vulgata televisiva. Vivem aterrorizados pelo medo de serem livres e sobressaltados pelos inimigos que os poderosos lhes indicam.
Pobres grunhos, não sabem que acima-de-cão está apenas a um cão de abaixo-de-cão.

(post reeditado em 17 de Abril de 2009)

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