30.12.10

Que saudades.

Que saudades dos tempos em que havia debates entre candidatos e não entrevistas cruzadas e interrupções sistemáticas do contraditório.

Que saudades dos tempos em que os candidatos não se sujeitavam às regras chantagistas impostas por uma qualquer "prima donna" da política para que possa haver algum "debate".
(Pensem bem...)

Que saudades dos debates "sem rede" onde os candidatos mostravam a sua capacidade de argumentação e não despejavam "sound bites" - tradução para português corrente: bocas.
(Será que as televisões mandaram previamente as perguntas para as sedes de candidatura?)

Que saudades dos tempos em que se julgava a inteligência, a argúcia e a retórica dos candidatos, e não o trabalho de "merchandising" dos consultores de imagem. (Que hoje vendem um presidente e amanhã um detergente)

Meus caros: quem "ganhou" o confronto foi Judite de Sousa, o resto é clubismo barato.

A este propósito:
Que saudades dos tempos em que os jornalistas tinham mais cabeça que umbigo!

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