Hoje no DN, Cavaco (Presidente da República):
"Como Presidente da República, sou favorável a entendimentos alargados noutras áreas [além da justiça] em particular naqueles desafios que enunciei na Assembleia da República na tomada de posse e onde se inclui a sustentabilidade da Segurança Social"
Na mesma notícia, Marques Mendes (líder do PSD):
"Disposição para o consenso": "Se o Governo, por caprichos ideológicos de esquerda que estão ultrapassados, teimar em não cooperar, quem vai perder são os trabalhadores"
Depois, Francisco Louçã (líder do Bloco de Esquerda):
A "Segurança Social, só tem dois caminhos possíveis: o da irresponsabilidade privada ou o da responsabilidade pública". Por isso, "se houver alguma negociação no sentido de privatizar a Segurança Social" ou de, como preconiza Sócrates, "aumentar a idade da reforma, nós enfrentaremos com um referendo".
A privatização da Segurança Social está na calha, talvez através de mais um acordo secreto entre o PS e o PSD. Sócrates diz que não, mas daqui a uns tempos quando dermos por isso vamos ter escalões em que os descontos dos salários mais altos nem precisam de ir para a "Caixa". Irão direitinhos para as companhias de seguros, tal como defende o PP.
Perante isto, Francisco Louçã vem defender um referendo...
Eu sei que para os lados do BE há muito quem pense que não vale a pena estar nos sindicatos, que não vale a pena combater a influência nefasta da burocracia sindical. E que não interessa contruir correntes de combate nas empresas na base de propostas de luta, como esta: unidade de todos os sindicatos e comissões de trabalhadores para o debate e votação por voto secreto de todos os trabalhadores, sindicalizados ou não, efectivos ou não, de uma Greve Geral até o governo abandonar o propósito.
Era capaz de ser a greve mais justa que eu alguma vez teria feito. Mas, enfim, viva a "democracia representativa" e o plebiscitismo!
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