9.7.15

A frente mediática

O Jornal "I" coloca um título preocupado "Syriza investiga jornalistas de meios privados gregos".

A notícia fala da forma como foi feita a cobertura do referendo pelos media privados gregos e da investigação que os sindicato dos jornalistas locais está disposto o fazer. Já se fala de tentativa de limitar a  "liberdade de expressão"...

Eis algo que já não vai preocupar por cá os propagandistas da maioria na AR disfarçados de jornalistas. Os patrões da comunicação social até conseguiram que se fizesse uma lei que atirou para as urtigas o tratamento equitativo das forças políticas concorrentes ao próximo acto eleitoral. Para os que agitam fantasmas sobre a Grécia, lembro que a maioria dos órgãos de comunicação desse país pertencem aos armadores a quem o Syriza quer fazer pagar impostos (a UE prefere que sejam os reformados a pagar por eles). Por isso, não espanta que os jornais dos barões e balsemões locais odeiem o governo grego. As primeiras imagens de pessoas à frente de multibancos que passaram nas TV datavam de 2012 (!), e foram passadas repetidamente até que as pessoas, preocupadas, foram para a frente dos multibancos... Outra que foi denunciada (na net, os "jornalistas" não se corrigem) foi a de um velho com um pão, "um reformado grego que não conseguia levantar a sua miserável pensão" (afinal há "pensões miseráveis" na Grécia, e eu a pensar que só queriam praia), esta imagem era mais antiga ainda, era de um velho turco após o terramoto de há anos. Vale tudo para ganhar e manter o domínio. Se o sindicato de lá se preocupa com a Código Deontológico, óptimo. Gostaria que isso acontecesse aqui. Talvez as pessoas se apercebessem que muitos jornalistas não passam de propagandistas engajados, que emitem opinião por notícia. Pelos vistos, ainda, e como no Portugal semi-analfabeto de antes do 25 de Abril, o que passa no telejornal é que é verdade. A propósito, senhores "jornalistas" e crentes no "Pai Natal": Já encontrastes as "armas de destruição maciça" do Iraque?


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