14.8.12

Serviço Público por empresas privadas dá em Público mal servido

"Filas na Ponte 25 de Abril consomem 320 milhões de Euros em combustível
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Os comboios da Fertagus, nas horas de ponta, já não podem transportar mais passageiros, uma vez que já não há capacidade disponível, o que poderá agravar a qualidade do serviço, pois muitos passageiros têm que efectuar a viagem em pé.

Actualmente, outra das desvantagens que esta linha apresenta é o baixo número de comboios fora das horas de ponta. Um passageiro de Setúbal, por exemplo, só tem comboios de hora a hora, para Lisboa. É uma frequência muito baixa e que não serve as necessidades dos cidadãos. Esta situação está a ocorrer porque a Fertagus não adquiriu novos comboios, pois só possui as mesmas 18 unidades desde o primeiro ano de operação. Cada unidade tem um custo de perto de 5 milhões de Euros e não existe vontade e intenção de investir em novo material circulante. Outra medida que poderia aumentar o tráfego do comboio passaria pelo prolongamento do serviço desde o Areeiro até à Gare do Oriente.

Se fossem comprados mais comboios, seria possível aumentar o número de passageiros de 80 mil para 120 mil, por dia. Tendo em conta que, na região de Lisboa, em média, cada viatura transporta 1,2 passageiros, o aumento de pessoas transportadas por via-férrea, na ponte, poderia diminuir o número de carros em muitos milhares. Esta opção seria muito mais barata, simples e eficaz do que construir uma nova travessia rodoviária.
[...]"

(o sublinhado é da responsabilidade deste blogue)
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Olha se fosse a CP! Haveria SICs, RTPs e TVIs todos os dias a falar "no mau funcionamento dos transportes públicos"... pelo menos até serem privatizados. Depois, a "denúncia" seria proporcional ao valor do mercado publicitário...
Falta saber quanto custa ao erário público o serviço desta empresa privada... aos passageiros, já sabemos, custa os olhos da cara.
Neste contexto, que dizer da redução de carreiras pela CP na linha Setúbal-Barreiro, conforme vem sendo denunciado pelos utentes? Atirar "a toalha ao chão" ou medida "vinda de cima" para manter os serviços a um nível aceitável para um futuro operador privado? Quem sabe, a FERTAGUS. Sendo que é a mesma empresa-mãe da operadora do comboio da ponte que domina a alternativa rodoviária, a conquista do mercado da entrada por Lisboa pelo lado da baixa seria a cereja sobre o bolo... tudo em nome da sacrossanta "concorrência".

Já agora, e só por mera curiosidade, qual foi o resultado desta petição... promovida pelo PSD de Palmela, em 2009? Será que estamos condenados a esperar por outra, no mesmo teor, mas agora promovida pelo "abstencionista violento" PS? É que isto de se ser oposição dá cá uma sensibilidade para os problemas dos cidadãos...

O melhor é esperar sentado. Falta muito para o comboio.
Ou talvez não.

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