A presidente de câmara, Maria das Dores Meira, tomou a iniciativa de pedir desculpa publicamente pelo ocorrido naquele fim-se-semana infernal. Ficou-lhe bem a atitude.
Todavia, afirmou que a autorização dada à empresa Parque de Sant'Iago não previa o ocorrido - a culpa, nesta lógica de ideias, não seria do município... A ingenuidade manifestada ao considerar que não estava à espera que a coisa descambasse em barulho toda a noite, só pode ser justificada pela ignorância em relação a alguns fenómenos “culturais” importados. À população afectada pelo “evento” não resta outra solução que acreditar que a senhora não soubesse o que era uma “rave”...
Do mesmo não poderei dizer do vereador do ambiente, o “verde” André Martins: saudando que os cidadãos importunados se mexam e se defendam, acabou por criticar de alguma forma a actuação da GNR que não fez nada perante as queixas dos habitantes. Como podiam fazer alguma coisa se o evento estava “aprovado” pela câmara, pelo seu próprio punho?
Desculpas, desculpas,... “a melhor forma de pedir desculpas é impedir que tais situações não voltem a acontecer”, foi o que foi afirmado na assembleia.
Cá para mim, daqui a tempos vão descobrir que afinal um concurso de tiro pode incomodar, ou, sei lá, um encontro internacional de dinamitadores... Esqueçam, foi o gato-de- rabo-escaldado que falou.
1 comentário:
Conforme os entendidos na coisa sabem, escreve-se "tuning" e não "tunning".
Mais importante ainda é afirmar que a governadora civil, Teresa de Almeida, respondeu e veio a afirmar no número seguinte do jornal "O Setubalense" que não cabe ao Governo Civil fiscalizar o cumprimento do Regulamento Geral do Ruído, e que só esteve no evento devido a um concurso ali realizado.
Teresa de Almeida tem razão, não cabe à sua função dar autorização ou fiscalizar esses eventos. A lei diz claramente que tal é da competência da câmara municipal. A crítica formulada foi baseada na informação prestada pela GNR - que estava equivocada.
A senhora Governadora do Distrito de Setúbal merece as minhas desculpas, que fiz questão de apresentar publicamente perante a imprensa na Sessão Pública realizada no dia 18 de Outubro.
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