Os nazis castigavam com o Trabalho. Aqui debaixo deste sol meio-mediterrânico também gostamos de "mandar trabalhar" quem queremos castigar e, como é norma nestas coisas, que façam o trabalho que nós não queremos fazer. Não, nada de confusões, não somos nazis - aliás, no tempo dos nazis nós éramos salazaristas, isto é, também não gostávamos de judeus, só não os mandávamos tomar banho com "Zyklon B".
Abreviando, depois da resistência dos patrões subsídio-dependentes em darem mais uns cêntimos ao Salário Mínimo, depois de ouvir o Belmiro de Azevedo (mais um que esconjura "o Estado" mas não lhe larga a mama) falar de fazer greve como um acto de "ousadia" dos seus "colaboradores"... percebe-se: só considera o Trabalho como castigo quem o desvaloriza.
É bem ténue a linha que teremos de atravessar para colocarmos um letreiro como aquele na fronteira deste país: é prescindirmos da nossa Liberdade a propósito da luta contra a "insegurança", começarmos a olhar para a cor de cada um para ver quem é suspeito de estar a "afundar isto" e esquecermos cobardemente que este "barco" tem uma ponte, tão parasita quanto imbecil, a principal responsável por esta rota suicida. Só a cobardia permite que se façam letreiros como aquele.
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