Daniel Oliveira, comentador do "Expresso", colocou uma interessante opinião sobre a greve dos transportes (link para o "Expresso") que hoje afectou principalmente a capital. No meio do coro "anti-greves" que se faz sentir nos media corporativos, com peças "jornalísticas" e "apontamentos de reportagem" escolhidos a dedo para culpabilizar os trabalhadores que se movimentam em defesa dos seus direitos, e dos Transportes Públicos, o artigo constitui uma "verdade inconveniente". A ler, seguindo a ligação colocada acima.
Entretanto, tendo em conta a realidade dos transportes que servem (?!) Setúbal, eu acrescentaria-lhe a denúncia do valor das "compensações" pagas a empresas privadas, como a Fertagus, que recebe proporcionalmente mais que a CP, pública, e tem tarifários bem mais caros que a empresa pública.
Esta empresa, que gere os transportes ferroviários que ligam Setúbal a Lisboa, via Ponte 25 de Abril, consegue ainda ter horários feitos de acordo com a mera reprodução do lucro que não correspondem às necessidades de transporte da população da Cidade de Setúbal.
Por esta razão, e ao contrário do que seria aconselhável económica e ambientalmente, o transporte rodoviário continua a ser a forma preferida para a população de Setúbal se deslocar para o trabalho e para as escolas.
Acrescentem-lhe a redução do desconto do preço dos passes dos estudantes e dos reformados e perceberão melhor porque os acessos sul a Lisboa estão quase sempre em hora de ponta.
Descontando, evidentemente, aqueles que utilizarão sempre o transporte privado, muitos deles, conforme se pode comprovar nas caixas de comentários dos jornais, com "óptimas ideias" sobre o Serviço Público de Transportes e sobre as greves... gente que não concorrerá ao concurso das "Vespas" do "Expresso" para "furar as greves".
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